Arroz
ARROZ VAI COM TODOS - RECEITAS COM ARROZ
ARROZ CAROLINO DO BAIXO MONDEGO E DA FIGUEIRA DA FOZ
Arroz produto endógeno de forte ligação à gastronomia tradicional, com origem em distintos locais do concelho e com uma identidade única de características ligadas ao próprio território local e do modo de produção.
O arroz em números
- O Arroz apresenta uma produção mundial média que ronda as 754 milhões de toneladas, estando cerca de 27% concentrada na China.
- Na Europa produzem-se cerca de 2,5 milhões de toneladas em 414 mil hectares, Itália representa 50%, Espanha 30% e Portugal 6-7% da produção de arroz.
- A União Europeia (UE) importa ainda cerca de 40% das suas necessidades – 1 milhão de toneladas.
- Com uma produção total de cerca de 190 mil toneladas, Portugal apresenta-se como o maior consumidor europeu de arroz, com uma média de cerca de 15 kg per capita por ano, apresentando um grau de autoaprovisionamento de cerca de 60%, o que implica a necessidade de importar os restantes 40% (cerca de 100 mil toneladas, do tipo Agulha, Basmati, Thai/Jasmim, Risoto, entre outras).
- O arroz do tipo Carolino (com 80% da área de produção) é o que ocupa o lugar de maior importância em Portugal, embora os hábitos de consumo tenham resultado na transferência de algumas das áreas de produção de arroz Carolino para arroz Agulha.
- A superfície cultivada com arroz ocupava, no final dos anos 80, mais de 32 mil hectares, ocupando atualmente cerca de 29 mil hectares.
- A produção nacional concentra-se nos vales do Sorraia e Tejo (50%), Sado (30%) e Mondego (20%).
FONTE: COTARROZ (CENTRO DE COMPETÊNCIAS DO ARROZ)
O Arroz Carolino do Baixo Mondego
- A Comissão Europeia em 2015, reconheceu a denominação “Arroz Carolino do Baixo Mondego” como Indicação Geográfica Protegida (IGP) tendo sido registada ao abrigo do Regulamento (UE) 2015/888 da Comissão de 29 de maio de 2015, publicado em JOUE L 146/1 de 11/06/2015, concedendo proteção do nome em todo o território europeu.
- Designa-se por “Arroz Carolino do Baixo Mondego” a cariopse desencasulada da espécie Oryza L, subespécie Japónica, de diversas variedades como Aríete, EuroSis, Augusto, Vasco e Luna, cultivada na região do Baixo Mondego.
- As características climáticas do Baixo Mondego são responsáveis pela formação e maturação mais lenta do Arroz Carolino do Baixo Mondego, o que potencia os mecanismos fisiológicos associados à qualidade, designadamente:
- tendência para teores superiores de amilose,
- maior percentagem de grãos inteiros, pela formação de menos fissuras durante o final do ciclo da cultura, ou seja, na fase de maturação do grão.
A área geográfica de produção do arroz Carolino do Baixo Mondego está circunscrita às freguesias de 7 concelhos: Ançã (Cantanhede); Ameal, Antuzede, Arzila, Ribeira de Frades, São João do Campo, S. Martinho do Bispo e Taveiro (Coimbra); Anobra (Condeixa-a-Nova); Alqueidão, Lavos, Paião, Maiorca, Ferreira-a-Nova e Vila Verde (Figueira da Foz); Tentúgal, Meãs do Campo, Carapinheira, Montemor-o-Velho, Gatões, Abrunheira, Liceia, Verride, Ereira, Vila Nova da Barca, Pereira e Santo Varão (Montemor-o-Velho); Louriçal (Pombal); Alfarelos, Brunhós, Gesteira, Granja do Ulmeiro, Samuel, Soure, Vila Nova de Anços e Vinha da Rainha (Soure).
FONTE: DIREÇÃO-GERAL DE AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO RURAL (DGADR)
O Arroz Carolino em números no concelho da Figueira da Foz
- O Município da Figueira da Foz, ambiciona fomentar e estimular a produção, valorização e o consumo dos produtos endógenos, nomeadamente o Arroz Carolino produzido no Concelho da Figueira da Foz, de modo a promover as suas características únicas associadas à sua origem geográfica e a modos de produção tradicionais e que tem características ligadas ao território local.
- Pretende-se que o consumidor, nomeadamente a restauração, tenha a garantia de que o produto possui características de autenticidade, de sabor e de textura, instituído ao longo de todo o processo produtivo, criando valor acrescentado ao produto e valorizando os produtores locais.
- A valorização deste produto é assim um fator importante no posicionamento dos produtos relativamente ao mercado, dando-lhe uma perspetiva de produto unitário associado ao território, garantindo parâmetros inequívocos relativamente à sua qualidade, expressão da cultura e saberes das gentes da Figueira da Foz.
- A gastronomia representa um dos mais importantes atrativos turísticos da Figueira da Foz, permitindo ao concelho destacar-se e posicionar-se como um destino de referência.
- Com uma diversidade gastronómica ímpar, cujas receitas passam de geração em geração, os produtos locais são parte da vida de quem nasce e vive ligado à terra.
- Em 2021, de acordo com informação disponibilizada pela empresa Informa D&B (apenas empresas sob a forma de sociedade e ENI), encontravam-se registadas no Concelho da Figueira da Foz:
- 46 empresas (Sociedades e Empresários em Nome Individual);
- 124 postos de trabalho;
- 15 854 553 € de volume de faturação;
- 2 304 204 € de volume de exportação.
FONTE: INFORMA D&B