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Ilha da Morraceira
A ilha da Morraceira é constituída por vastas extensões de sapais, caniçais, salinas, pisciculturas e arrozais, num território que ocupa uma área com cerca de 600 ha, num total de 7 km de comprimento.
É um local de enorme interesse orinotológico, possuindo uma das mais ricas comunidades de aves limícolas que, particularmente durante os períodos de passagem migratória, frequentam o estuário durante a maré-baixa e se refugiam nas salinas quando a maré sobe. Na época de nidificação a diversidade é mais reduzida, destacando-se o pernilongo e o borrelho-de-coleira-interrompida. Podem ser também observadas aves de maior porte, como os flamingos (que frequentemente excedem a centena), as garças-brancas-pequenas e as garças-reais.
Nas envolventes ocorrem por vezes bandos de estorninhos-pretos, aos quais se associa, no Inverno, o estorninho-malhado.
A ilha da Morraceira encontra-se individualizada por dois braços fluviais: o braço Norte, mais profundo e mais dinâmico – subsistema do Mondego – e o braço Sul – subsistema do Pranto, menos dinâmico e assoreado.
Ao redor do estuário do Mondego, de Vila Verde na margem norte, a Lavos na margem sul, com a Ilha da Morraceira de permeio, o rio foi envolvido pela geometria sinuosa dos esteiros e pelo reticulado rigoroso dos talhões, verdadeiros jardins de sal onde marnotos - escultores agrícolas - desenvolveram uma tecnologia local que soube tirar o melhor partido das condições naturais deste Estuário.
A exploração de sal no estuário do Mondego teve no passado um elevado peso na economia local. De facto, o salgado garantia o sustento de 3 mil famílias, o que correspondia aproximadamente a 10 mil pessoas dependentes directamente dos rendimentos desta actividade. O salgado da Figueira da Foz foi ao longo da história da nacionalidade, uma referência na economia do nosso País.