Figueira da Foz é cada vez mais uma galeria a céu aberto



A Figueira da Foz é cada vez mais uma verdadeira galeria a céu aberto, pontilhada por obras de arte urbana e arte pública de inegável qualidade.
Depois de «Salve os Oceanos», obra executada por Smile (Ivo Santos), em Buarcos, a Figueira da Foz está prestes a juntar mais duas obras a sua ´coleção' de arte pública.
«A Família», um mural com 85 m2, cerca de 35 metros de largo, composto por cerca de 650 mil pastilhas de 1x1 cm, está prestes a ser concluído na rua de Buarcos.
«Amebas – A origem da vida», um mural composto por 27 esculturas em ferro, com quatro metros de altura e dois de larguras, que está em fase de montagem, está a dar vida e cor ao muro do Centro de Formação da GNR da Figueira da Foz, na Avenida Prof. Dr. Bissaya Barreto, à entrada da cidade.
Estas duas novas obras são da autoria de Luís Soares, também ele autor do mural «Homenagem às Gentes do Mar», aplicado no muro poente do Cemitério de Buarcos.
O artista plástico, que diz ter muito carinho pela Figueira, uma terra que que conheceu desde muito jovem e que frequentou regularmente, pensa um dia criar na cidade “a minha base e centralizar também toda a minha obra disponível”.
Descendente de colonos, Luís Soares nasceu na década de 1950 em Moçambique, tendo no final desse período viajado para a Europa. Até 1969, o seu percurso repartiu-se entre Moçambique e Portugal. Em 1979 fixa-se em Cascais e funda a Ceramicarte, onde monta atelier, iniciando aí um trabalho de investigação com vista a criar um tipo de cerâmica que se identifique com a zona, regenerando as suas novas raízes.
Luís Soares fez mais de duzentas exposições em nome próprio e participou em mais de seiscentas exposições coletivas, um pouco por todo o mundo.