NOVA RENEGOCIAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO FINANCEIRO
A Câmara Municipal da Figueira da Foz aprovou por unanimidade, dia 18 de janeiro, a aceitação da redução do ‘spread’ de 3,25% para 2,75% dos empréstimos de 10M€ e 16M€, contraídos em 2011, respetivamente, junto do BPI e da CGD. Recorde-se que estes empréstimos - a que acresce o de 5M€ contraído junto do BES e transferido, em 2014, para o Crédito Agrícola- foram contratualizados em 2011 para permitir o saneamento financeiro da autarquia, permitindo retirar a Figueira da Foz da situação de 11.º concelho do país com maior endividamento, cortando para sensivelmente metade os 90M€ devidos em 2009 e, entre outras consequências positivas, contribuindo para a redução do prazo médio de pagamento a fornecedores dos cerca de 200 dias, em 2009, para os atuais 20 dias.
Em 2011, todos os empréstimos foram contraídos com um spread de 5,5%. Em 2015, fruto do esforço de negociação e do capital de credibilidade adquirido pela Autarquia, logrou-se baixar estes valores para 3,25% nos empréstimos contraídos junto do BPI e CGD. Agora, com a nova redução para 2,75%, não é só a despesa improdutiva - a que é utilizada para fazer face a juros - que diminui: de acordo com esta nova renegociação, a liquidação do capital em dívida acelera e, em consequência, este gera, para futuro, juros menores.
Esta renegociação permite à Autarquia poupar, já este ano, 101.000€ em juros. A poupança, até à maturidade da dívida (2023), cifra-se em 405.000€.
Adicionalmente, foi também possível renegociar parte do passivo bancário da Figueira Domus, tendo-se obtido uma redução, para 2016, dos juros a pagar por aquela empresa no valor de cerca de 33 000 €.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal, Dr. João Ataíde, esta prática de boa gestão dos dinheiros públicos, que visa consolidar as contas municipais, diminuindo o valor afeto ao serviço da dívida de forma a libertar receitas para as despesas necessárias à manutenção de um Concelho com um futuro sustentável, é para continuar.