Câmara Municipal da Figueira da Foz e Agência Portuguesa do Ambiente promovem Sessão de Esclarecimento
















"Verdade nos prazos e no conteúdo dos projetos é o que esperamos desta sessão'. Foi desta forma que Pedro Santana Lopes, Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, se dirigiu ao público presente na sessão de esclarecimento que teve lugar hoje, 15 de novembro, pelas 18h00, no Auditório Municipal, por forma “a abordar temáticas tão importantes para a região como a erosão costeira, desassoreamento da barra, transposição de areias e bypass”.
Pimenta Machado, Vice-Presidente da APA, explicou aquele que é o novo paradigma de atuação da APA perante as temáticas em abordagem e que se resume à sigla PPR que consiste na prevenção, proteção e recuo em terra como solução para evitar a erosão costeira, realçando a “situação emergente do nosso concelho”. Coube de seguida a Celso Pinto, Coordenador do Núcleo de Monitorização Costeira e Risco do Departamento do Litoral e Proteção Costeira da APA, apresentar o desenho dos perfis de atuação a curto, médio e longo prazo, com indicação de procedimentos, estudos de viabilidade e cronograma.
Ouvidos os representantes da Agência Portuguesa do Ambiente, teve lugar a intervenção do público ali presente que, cada um à sua vez, acabou por expressar o franco descontentamento perante o cronograma apresentado quer no curto prazo, quer no Bypass, previsto para 2030. Nas várias intervenções, foi ainda transversal a gravidade da atual situação que já há muito merecia o devido tratamento por parte da APA, cujas promessas se estendem no tempo, sem concretização, condicionando a vida das freguesias costeiras e colocando em causa vidas humanas.
Pedro Santana Lopes encerrou o debate realçando que “este é um problema que se arrasta há anos e que exige que sejam ouvidas as comunidades locais, numa época onde a ciência não tem certezas, sendo fundamental juntar o saber da APA com o saber local” e, se necessário, “decretar o estado de emergência para esta zona por forma a ultrapassar os constrangimentos processuais e se atue rápida e eficazmente”, agradecendo, em jeito de conclusão, a disponibilidade evidenciada pela Agência Portuguesa do Ambiente para participar nesta sessão.