Reunião CMFF, APFF e APA
Promovida pelo Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, decorreu no dia 21 de março, nos Paços do Conselho uma reunião envolvendo a Presidente da Administração do Porto, Dra. Fátima Alves, e o Vice-Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Eng. Pimenta Machado, ambos acompanhados das respetivas delegações de membros do Conselho de Administração e de técnicos. Participaram também técnicos do Município. O assunto em debate: a erosão costeira e o desassoreamento da barra.
Sobre a erosão costeira, a APA apresentou um estudo com soluções a curto, médio e longo prazo. A curto prazo, a intervenção emergente de transposição de 100 mil m3 de areia através de geotubos instalados na praia para reforço do cordão dunar, tem um custo de 600/700 mil € ao ano. A médio prazo, a solução passa pelo shot de 3.2 milhões de m3 na praia a sul na Cova-Gala e dentro do mar, com um custo estimado de 18 milhões de euros ao ano. A longo prazo o investimento será de cerca de 78 milhões de euros e movimentará 1 milhão m3 por ano. Afere-se assim que a solução mais eficaz, remete para o recurso a dragas para transposição anual de sedimentos, como suficiente para remediar o processo erosivo e nesse sentido, a APA apresentou um estudo de viabilidade para uma solução a longo prazo, feito por Concurso Público, obedecendo a todo um conjunto de matrizes teve como objetivo avaliar as componentes técnica, económica e de custo-benefício do sistema de transposição de sedimentos, de modo a fornecer os elementos que contribuam para uma tomada de decisão sobre a implementação de um sistema de transposição sedimentar costeiro.
Analisadas todas as hipóteses apresentadas em estudo, a solução do Bypass apresenta-se como viável e economicamente sustentável, com custos justificados pelos benefícios.
A questão do início da implementação do projeto, apenas previsto para 2024 mereceu análise dos presentes, dada a emergente necessidade de atuação perante as já conhecidas condições de erosão e o facto de estarem vidas humanas e atividades como a piscatória e a comercial, em iminente risco, como sublinhou Pedro Santana Lopes.
Pese o elevado investimento financeiro subjacente à concretização da solução entendida como viável, é importante, junto do Governo, encetar todos os esforços possíveis, capazes de diminuir o eixo temporal de atuação previsto para 2024, uma vez que a congregação de esforços e vontades entre todos os intervenientes no processo é transversal como ficou estabelecido entre todas as partes envolvidas.