EUROVELO 1 – Rota da Costa Atlântica: Uma manifestação da competitividade natural entre as diferentes parcelas do território nacional
Realizou-se esta tarde, no Salão Nobre dos Paços do Município, a cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação recíproca para a execução e manutenção do projeto “EUROVELO 1 – Rota da Costa Atlântica”, o qual ocupa parcialmente área da Mata Nacional das Dunas de Quiaios (concelho da Figueira da Foz), Perímetro Florestal das Dunas de Cantanhede (concelho de Cantanhede) e Perímetro Florestal das Dunas e Pinhais de Mira (concelho de Mira).
A cerimónia, presidida por Pedro Santana Lopes, contou com a presença do presidente da Assembleia Municipal da Figueira da Foz, José Duarte; do presidente da Câmara Municipal de Mira, Raúl Almeida, do vereador da Câmara Municipal de Cantanhede, Adérito Ferreira Machado; do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC), Emílio Torrão; do secretário executivo da CIM RC, Jorge Brito; da diretora regional de Conservação da Natureza e Floresta do Centro, Maria de Fátima Reis; de vereadores e autarcas locais.
Jorge Brito começou por efetuar uma breve apresentação do Eurovelo 1 – Rota da Costa Atlântica, um projeto revelador do esforço de colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e da “boa gestão e aproveitamento de recursos públicos“.
Para o secretário executivo da CIM o Eurovelo é um “processo ganhador “e, talvez, “a obra mais emblemática de ciclovias a decorrer no país“. É “estratégica para a estratégia da Região de Coimbra“ e “um ex-libris em termos de mobilidade ciclável em Portugal“ que vai permitir valorizar os ativos existentes nos seus territórios, salientou Jorge Brito.
Seguiu-se a assinatura do protocolo por parte das cinco entidades outorgantes (CIM RC, ICNF e Municípios de Cantanhede, Figueira da Foz e Mira.
O vereador da Câmara de Cantanhede, Adérito Ferreira Machado, enalteceu o trabalho da CIM RC, salientou que os “territórios devem ser promovidos através do turismo e do desporto“ e que o projeto Eurovelo irá permitir “atrair pessoas, promover a saúde, aproximar territórios“.
Por sua vez o presidente da Câmara de Mira, Raúl Almeida, enfatizou que este projeto [Eurovelo 1] é o mais importante da CIM RC para os três municípios envolvidos, pois vai permitir requalificar alguns trajetos que não o seriam de outra forma.
Raúl Almeida enalteceu o trabalho do ICNF enquanto força de desbloqueio e aproveitou para abordar o projeto de índole cultural “ O Mar que nos Une“, em que estão envolvidos os três municípios e que pode ser o mote para reclamarem em conjunto fundos para outras áreas, junto da entidade financiadora.
Pedro Santana Lopes começou por referir o trabalho do seu antecessor, que acompanhou o projeto e tomou a decisão de avançar com ele, e manifestou alguma surpresa por ser a “bicicleta e as ciclovias a serem as precursoras da ciclovia “. “As bicicletas tomaram o avanço, a frente de batalha “, referiu.
O autarca considera que este tipo de projetos é uma “manifestação da competitividade natural entre as diferentes parcelas do território nacional “.
A diretora regional de Conservação da Natureza e Floresta do Centro começou por referir que o ICNF “trabalha para não ser uma força de bloqueio”, pelo contrário, “trabalha todos os dias para ser parceiro de todos os municípios”.
Para Maria de Fátima Reis esta via ciclável partilhada [Eurovelo1], o seu traçado, assenta nas estradas das matas nacionais e irá permitir garantir a sustentabilidade ambiental.
A responsável anunciou que o ICNF irá investir dez milhões de euros na reflorestação da região centro, sendo que 4 milhões serão para investir nas áreas dos municípios de Cantanhede, Figueira da Foz e Mira.
Emílio Torrão referiu que o Eurovelo 1 tem na sua génese um fator de coesão e que a CIM RC, a qual preside, “está empenhada nesta filosofia de vida, na mobilidade que não implica o uso de combustíveis fósseis”.
“Estes percursos, no futuro serão vida, fonte geradora da economia local”, salientou o presidente da CIM RC que referiu ainda que esta rede de percursos e ciclovias” vai transformar a região centro numa região pioneira e num bom exemplo a nível nacional”.