Quinta das Olaias, um espaço que tem de ser “visitado e conhecido“
O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, abriu ao público, ao início da tarde de ontem, 24 de junho, no âmbito do programa comemorativo do Dia da Cidade, a Quinta das Olaias, imóvel classificado de «Interesse Municipal» que integra um conjunto arquitetónico de excecional beleza e valor histórico, o qual alberga uma nova coleção – a Coleção João Reis, cuja exposição foi também oficialmente aberta e a qual o autarca considera “ser da maior relevância para o concelho da Figueira da Foz“.
Carlos Monteiro referiu que o investimento efetuado na Quinta das Olaias, um imóvel que incorpora um vasto acervo de bens culturais e coleções de artes plásticas e decorativas, e potencia um recurso cultural de relevância turística para o Município, “permitiu criar um espaço onde as pessoas podem desfrutar de um ambiente verde, calmo“, o qual tem de ser “aberto, visitado e conhecido“ .
“A Figueira precisa de aumentar e disponibilizar parte do património cultural que tem“ advogou o edil, que se mostrou bastante satisfeito por poder ver crescer “este complexo museológico“ que integra a Quinta das Olaias, o Centro de Artes e Espectáculos (CAE) o Museu e a Biblioteca.
O mesmo salientou que o que ser pretende com a abertura da Quinta das Olaias é, “fundamentalmente ter uma transição fácil e rápida pela zona mais antiga da cidade“, que permita que quem vive nas urbanizações existentes nas imediações, “possa transitar rapidamente para o CAE, para as Abadias“.
Presente na iniciativa, Maria de Aires Silveira, Curadora no Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado e também Curadora da exposição da Coleção João Reis, a qual integra cerca de uma centena de obras da autoria de João Reis, doze das quais pertencentes ao acervo municipal e as restantes cedidas ao Município por Carlos Silva Reis (neto do artista plástico), manifestou-se muito feliz por colaborar com a Câmara Municipal da Figueira da Foz num “projeto que já tem alguns anos “ e agradada por “participar na concretização desta ideia de exposição, sobretudo num espaço que não é propriamente um museu, é um Palácio - o Palácio de Monsaraz, mas que foi recuperado de uma forma excelente“.
A mesma referiu que a exposição se encontra organizada em temáticas- Mar, Paisagem, Retrato - , e que é “percetível uma diversidade grande relativamente à técnica e uma “abrangência grande“ a nível cronológico – de 1930 a cerca de 1970.
A Quinta das Olaias e a coleção João Reis poderão ser visitadas de segunda a sexta-feira das 10h00 às 17h00, e ao sábado entre as 10h e as 13h. Encerra aos domingos e feriados. As visitas guiadas deverão ser previamente marcadas, com uma antecedência mínima de 48h, para olaias@cm-figfoz.pt.pt ou 966 913 607.
Lembramos que, nos últimos anos, o Município tem investido na valorização e requalificação dos espaços da Quinta das Olaias, com vista a proporcionar melhores condições de conservação e exposição de bens móveis e obras de arte; maior segurança através de sistemas de videovigilância e prevenção contra incêndios e melhores acessibilidades, em particular para pessoas com mobilidade reduzida.
O imóvel, especialmente representativo da arquitetura de veraneio, esteve na posse de ilustres famílias da alta burguesia, designadamente os Silva Soares, os Fernandes Coelho, os Macedo Papança (Condes de Monsaraz) e os Caroça Lopo de Carvalho, que em 1999 o venderam à Câmara Municipal da Figueira da Foz.