CIM RC apresentou medidas que visam 'melhorar e reposicionar' o setor da restauração
No âmbito da Coimbra Região Europeia da Gastronomia, a Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM RC) apresentou ontem, terça-feira, as medidas de apoio à restauração que visam "melhorar e reposicionar" o setor que foi fortemente atingido pela pandemia da COVID-19 mas também a compatibilização entre o estímulo ao consumo e a valorização de produtos endógenos.
As medidas de apoio, são as seguintes:
- "Menu Taste Coimbra Region" (MTCR) que propõe quatro menus elaborados a partir da carta Gastronómica da Região de Coimbra, com sugestões de tipologias de vinhos regionais, pelo chef Luís Lavrador;
- “Passaporte Gastronómico" que será disponibilizado nos postos de turismo municipais que compõem a CIM RC e que dá a oportunidade de sempre que o utilizador comer uma refeição integrada no MTCR receber um carimbo do restaurante e obter, no final, uma regalia;
- "Voucher Restauração", criado no âmbito das medidas económicas de apoio a curto-prazo ao setor da restauração, contempla um voucher no valor de 15,00 euros, a ser utilizado para uma refeição igual ao superior a 30,00 euros em restaurantes aderentes e que pode ser levantado em conjunto com o passaporte gastronómico, estando limitado ao total de 2.000 distribuídos pelos postos de turismo;
- "Guia Seleção Gastronomia e Vinhos 2021" que passa pela edição de um Guia com os restaurantes integrados no programa e disponibilização em versão impressa e online.
Na sessão que decorreu no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz e que contou com abertura por parte do presidente da Câmara Municipal, Carlos Monteiro, o mesmo começou por referir que se tratava de uma apresentação "muito importante" e que, "noutro tempo a iniciativa de promoção ao consumo faria sentido em época baixa" mas que, dada a conjuntura atual faz sentido ser lançada agora.
"Temos tido uma época baixa dramática e precisamos de uma retoma com grande convicção", afirmou o edil.
Responsável pela apresentação da iniciativa, o secretário-executivo da CIM RC, Jorge Brito, explicou que as "medidas foram feitas para melhorar e reposicionar o setor" da restauração e que existem, na sua criação, os objetivos de "valorizar o património gastronómico, promover o conhecimento e a inovação, capacitar os agentes e a qualificação da oferta, promover o desenvolvimento sustentável e proceder à devida comunicação e marketing".
Jorge Brito ressalvou ainda que existe a total "disponibilidade para melhorar tudo o que for necessário" ao longo do processo.
O presidente da CIM RC, José Carlos Alexandrino, destacou o papel de Carlos Monteiro na comunidade intermunicipal. "Tem tido um papel que eu gostava de registar porque apresenta os problemas de turismo da Figueira da Foz, que são muito diferentes. Tem sido a voz inconformada alertando e participando na procura de respostas", afirmou.
No que diz respeito à iniciativa, caracterizou-a como uma "palavra de esperança" para um setor fustigado e revelou que se trata de um contributo para que todos voltem a acreditar que as dificuldades são possíveis de ultrapassar.
Por sua vez, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres destacou o forte contributo que a restauração tem para a valorização económica dos territórios e salientou que é necessário que "iniciativas como a de hoje apresentada surjam e se multipliquem", uma vez que existe a necessidade crítica de dinamizar e recuperar o setor ligado à gastronomia mas também ligado ao turismo.
Já o vice-presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e vogal da Comissão Diretiva do Turismo Centro de Portugal, Jorge Loureiro, também parceiro nesta iniciativa, congratulou o "estímulo à retoma e ao consumo" de um projeto que, "para além de ajudar na recuperação, consegue introduzir na oferta da restauração um efeito de melhoria" comparativamente àquela que era a organização do receituário e o trabalhar dos produtos.
Também presente na sessão, o vogal executivo da comissão diretiva do Programa Operacional CENTRO 2020, Jorge Brandão, referiu que se está a "criar valor para os territórios", bem como a "estabelecer sinergias" e salientou a importância de comunicar as regiões e o património natural.